Tenhamos a coragem de declarar a nós próprios os sonhos que enche a nossa fantasia: os "sonhos" que muitíssimas vezes são classificados como absurdos, como "utopias" (sem pensarmos que “utopia” quer significar precisamente não o absurdo, mas o que ainda não aconteceu), como atracções proibidas ao barco da nossa vida, como metas inatingíveis.Mas é precisamente o sonho que melhor indica a vida que pulsa dentro de nós, as capacidades escondidas que exigem vir à luz, é a manifestação (frequentemente rósea ou romanceada, mas de algum modo real) das metas que queremos atingir e para as quais nos sentimos capazes. Tenhamos o "culto do sonho"!Isto é, tenhamos a simplicidade e a humildade de pensar que tudo é possível, que o que mais reclama no coração foi semeado por Deus, precisamente para fazer descobrir ao homem a sua grandeza, a sua dignidade de filho feito à Sua imagem.Que pena, se na história alguém não tivesse seguido os seus sonhos! Se todos se deixassem bloquear pelas dificuldades ou por aquilo que a multidão diz e faz! Estaríamos ainda na Idade da Pedra, estaríamos numa Humanidade sem santidade, sem poesia, sem arte!Estaríamos numa situação de pasmaceira, estaríamos sempre e só no nevoeiro, na repetição fastidiosa e aborrecida de tudo o que já existe.Inventamos a vida, seguindo precisamente os traços dos sonhos, deixando-nos seduzir pela beleza e pela novidade daquilo que nos aparece como nosso, como específico da nossa personalidade.Cada um tem os seus sonhos e assim se salva a fantasia de toda a criatura humana e assim se constrói uma sociedade viva, nova e rica.
Giorgio Basadona
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